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<i>Felipe [[Felipe Scalise Gaspar|Scalise]]; 04/08/2023; São Paulo</i>
 
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===Motivação===
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Este documento tem como objetivo pautar uma necessidade do corpo discente de acesso total ao seu espaço de estudo.
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===Introdução===
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O CCM nasce como um curso disruptivo por essência, buscando quebrar as barreiras entre as ciências, dando ampla mobilidade acadêmica ao seus estudantes para explorar a interdisciplinaridade inerente ao conhecimento e ao conhecer, ao mesmo tempo que quebra as barreiras mais palpáveis da burocracia da USP, permitindo o Ciclo Básico plural e um Ciclo Avançado de amplo alcance nas unidades. Esse caráter essencial do espírito do curso não vem dos estudantes, mas dos professores durante a criação o CCM, que vivem as limitações da USP e do ensino científico e buscam superá-las. No entanto, conforme ditam as leis dialéticas de desenvolvimento, conforme o curso é criado e habitado por estudantes, nesta gênese de experiência dos alunos, existe uma apropriação destes últimos sobre o espírito do curso. A vivência do CCM, os colegas vindos de diversos cursos, o engajamento e aprofundamento científico de cada um e a proximidade criada por 2 anos de Ciclo Básico com um período integral e disciplinas desafiadoras, criam um ambiente verdadeiramente único, ao qual os estudantes se identificam e, desta forma, alteram a sua imagem. Não há exemplo melhor disso quando consideramos o Favo22 e a cultura de curso.
  
O CCM nasce como um curso disruptivo por essência, buscando quebrar as barreiras entre as ciências, dando ampla mobilidade acadêmica ao seus estudantes para explorar a interdisciplinaridade inerente ao conhecimento e ao conhecer, ao mesmo tempo que quebra as barreiras mais palpáveis da burocracia da USP, permitindo o Ciclo Básico plural e um Ciclo Avançado de amplo alcance nas unidades. Esse caráter essencial do espírito do curso não vem dos estudantes, mas dos professores durante a criação o CCM, que vivem as limitações da USP e do ensino científico e buscam superá-las. No entanto, conforme ditam as leis dialéticas de desenvolvimento, conforme o curso é criado e habitado por estudantes, nesta gênese de experiência dos alunos, existe uma apropriação destes últimos sobre o espírito do curso. A vivência do CCM, os colegas vindos de diversos cursos, o engajamento e aprofundamento científico de cada um e a proximidade criada por 2 anos de Ciclo Básico com um período integral e disciplinas desafiadoras, criam um ambiente verdadeiramente único, ao qual os estudantes se identificam e, desta forma, alteram a sua imagem. Não há exemplo melhor disso quando consideramos o Favo22 e a cultura de curso.
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===Favo 22===
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Uma breve pesquisa na wiki do curso sobre o Favo 22 já demonstra a relação que os alunos tinham com seu espaço de estudo. Por mais que precário, principalmente conforme as turmas foram aumentando, havia participação ativa dos estudantes sobre o local, demonstrado, por exemplo, pela rede de Wi-Fi <i>Boteco do Carlos</i>, que foi montada pelos estudantes, seu nome referenciando-se a um monitor. Não somente, o Favo era verdadeiramente um lugar de vivência plural para os estudantes. Nesta wiki existem relatos de:
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*Prova coletiva na madrugada de uma quinta-feira, com uma [[Giovana Minae Ueda|estudante]] chegando da QiB às 2 da manhã para participar.
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*[[Espião/revolução.|Jogos]] que tomava conta do espaço, envolvendo diversos alunos, entre outras [[Diversões do CM|distrações]].
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*A administração ativa sobre a [[Sala de computação|sala de computação]], como também as diversões lá presentes.
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*Intervenções urbanas por certas [[Turma 12|turmas]] sobre o espaço envoltório ao Favo.
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*Aventuras gastronômicas por outras [[Categoria:T24|turmas]].
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*A tradição de fazer a primeira prova do Mané passando a noite com pizza e colegas no Favo.
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Além da multitude de páginas de alunes específicos que mencionam seu modo de viver no Favo como característico dessas pessoas. Tudo isto serve para constar e exemplificar que, além de estudantes de um curso, os moleculentos sempre foram habitantes participativos na construção genuína da cultura de ocupação de onde estudavam. Isto, durante o período do Favo, era facilitado pela liberdade que eles tinham sobre o acesso e vivência neste espaço! O plano posto pelos criadores do CCM e desenvolvido em seguida pelos coordenadores e comissões não é nada mais que uma coletânea de idéias estáticas e ideais de um curso diferente, importante porém insuficiente. O que põe essa diferença em movimento, ou seja, que realmente manifesta ela nas diversas facetas possíveis de fato, contudo, são os estudantes no seu dia-a-dia, na relação construtiva deles com o espaço físico e social, na apropriação da essência do curso ao tornar o espírito deste materializado e na constante criação e renovação das tradições que expressam genuinamente o que é ser um moleculóide.

Edição das 11h57min de 5 de agosto de 2023

Felipe Scalise; 04/08/2023; São Paulo


Motivação

Este documento tem como objetivo pautar uma necessidade do corpo discente de acesso total ao seu espaço de estudo.


Introdução

O CCM nasce como um curso disruptivo por essência, buscando quebrar as barreiras entre as ciências, dando ampla mobilidade acadêmica ao seus estudantes para explorar a interdisciplinaridade inerente ao conhecimento e ao conhecer, ao mesmo tempo que quebra as barreiras mais palpáveis da burocracia da USP, permitindo o Ciclo Básico plural e um Ciclo Avançado de amplo alcance nas unidades. Esse caráter essencial do espírito do curso não vem dos estudantes, mas dos professores durante a criação o CCM, que vivem as limitações da USP e do ensino científico e buscam superá-las. No entanto, conforme ditam as leis dialéticas de desenvolvimento, conforme o curso é criado e habitado por estudantes, nesta gênese de experiência dos alunos, existe uma apropriação destes últimos sobre o espírito do curso. A vivência do CCM, os colegas vindos de diversos cursos, o engajamento e aprofundamento científico de cada um e a proximidade criada por 2 anos de Ciclo Básico com um período integral e disciplinas desafiadoras, criam um ambiente verdadeiramente único, ao qual os estudantes se identificam e, desta forma, alteram a sua imagem. Não há exemplo melhor disso quando consideramos o Favo22 e a cultura de curso.


Favo 22

Uma breve pesquisa na wiki do curso sobre o Favo 22 já demonstra a relação que os alunos tinham com seu espaço de estudo. Por mais que precário, principalmente conforme as turmas foram aumentando, havia participação ativa dos estudantes sobre o local, demonstrado, por exemplo, pela rede de Wi-Fi Boteco do Carlos, que foi montada pelos estudantes, seu nome referenciando-se a um monitor. Não somente, o Favo era verdadeiramente um lugar de vivência plural para os estudantes. Nesta wiki existem relatos de:

  • Prova coletiva na madrugada de uma quinta-feira, com uma estudante chegando da QiB às 2 da manhã para participar.
  • Jogos que tomava conta do espaço, envolvendo diversos alunos, entre outras distrações.
  • A administração ativa sobre a sala de computação, como também as diversões lá presentes.
  • Intervenções urbanas por certas turmas sobre o espaço envoltório ao Favo.
  • Aventuras gastronômicas por outras.
  • A tradição de fazer a primeira prova do Mané passando a noite com pizza e colegas no Favo.

Além da multitude de páginas de alunes específicos que mencionam seu modo de viver no Favo como característico dessas pessoas. Tudo isto serve para constar e exemplificar que, além de estudantes de um curso, os moleculentos sempre foram habitantes participativos na construção genuína da cultura de ocupação de onde estudavam. Isto, durante o período do Favo, era facilitado pela liberdade que eles tinham sobre o acesso e vivência neste espaço! O plano posto pelos criadores do CCM e desenvolvido em seguida pelos coordenadores e comissões não é nada mais que uma coletânea de idéias estáticas e ideais de um curso diferente, importante porém insuficiente. O que põe essa diferença em movimento, ou seja, que realmente manifesta ela nas diversas facetas possíveis de fato, contudo, são os estudantes no seu dia-a-dia, na relação construtiva deles com o espaço físico e social, na apropriação da essência do curso ao tornar o espírito deste materializado e na constante criação e renovação das tradições que expressam genuinamente o que é ser um moleculóide.