Ramon Vilarino dos Santos

De Wikoleculares
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É um veterano que veio do IF, já cursou psicologia além de fazer infinitas amizades, pelo que se enunciou o Princípio de Colisão Vilarino (a densidade probabilistica de uma partícula Ramon interagir novamente com partículas que já interagiu num espaço infinito, com um número limitado de partículas, tende a infinito), e ser um cara muito legal, sempre aberto a dar conselhos e muito prestativo.


Foi eleito RC num processo democrático, marcando o fim da Hegemonia de Thiago, durante o segundo semestre da T24.

É conhecido por cultivar amizades com todos que conhece (apesar de em alguns casos esta durar alguns pico segundos). Esteve presente na marcante "querela da bolinha que pula" episodio em que Breno Baldas Skuk destruiu e queimou uma Bolinha plastica que lhe fora dada com muito carinho por Ramon, evento que teve fim quando Breno provou que a amizade deles era maior que sua vontade de queimar e destruir coisas de plastico preservando um balão de luva que lhe fora dado pelo proprio Ramon...

Ramon nutre um profundo ódio contra certos formularios livros de física, pelo que está sempre buscando alternativas para aprender a matéria!

Ramon também foi o mestre de cerimonia na formatura da T23, função que lhe foi concebida dois dias antes no Beco da Usp.

Frases célebres:

  • Numa conversa na fila do Turco: "Eu e meu núcleo duro de amigos decidimos que dividas abaixo de dois reais não devem ser pagas"
"É um lugar muito estranho, porque ninguém vai lá há muito tempo mas sempre parece que alguém acabou de sair. Parece a cena de um apocalipse zumbi!"
  • Lendo um artigo sobre entropia de buracos negros: "Por isso que eu gosto dos tensores, porque nenhuma conta com eles é conta de verdade!"


Discurso de Orador na Formatura da T24:

Thanks for the Ride


Boa noite a todos!

Eu queria saber se, talvez, a comissão me deixaria entregar esse discurso na segunda-feira…

É que eu passei a semana toda enrolado com os detalhes para a cerimônia e eu ainda descobri que tinha uma última prova da Sonia que eu não tinha feito e acabou não dando tempo!

Me disseram que era bom abrir com uma piada!

Mas não se enganem, eu obviamente terminei o discurso na madrugada passada.

Aos que não entenderam, eu espero que até o final desse discurso a piada faça sentido. Mas se isso não acontecer é porque, apesar de ser pra vocês também, esse discurso é mais para e sobre os meus colegas do que qualquer outra coisa. Ele serve, acima de tudo, pra gente pensar e reviver algumas coisas que passamos juntos nesses anos todos.


Assim que nós chegamos aqui no CM, talvez ainda na nossa primeira tarde de aula, ainda naquela primeira segunda-feira (quando já tínhamos a primeira lista de Bioquímica pra entregar!), alguém nos disse que nós deveríamos querer dominar o mundo!

“Tudo o que nós precisamos de vocês é que vocês sejam jovens ambiciosos, que queiram dominar o mundo!”.

Dominar, eu não sei… mas no mínimo, abraçar o mundo a gente tinha que querer! Afinal, de que outra maneira a gente ia chegar aqui topando enfrentar 7 horas diárias de aula acompanhadas de outras 17 horas por dia de imersão e coisas pra fazer de Física, Química, Matemática, Biologia e Computação por dois anos? Outro dia falei com o Patrick que me dava preguiça só de pensar que tinha gente que ainda ia começar o ciclo básico… Falei que eu não consigo entender, já agora, dois anos depois, como é que o Ramon do passado topou e aguentou passar por tudo aquilo por tanto tempo e achando tudo minimamente razoável! Mas é esperado que eu e qualquer um de nós NÃO saiamos daqui a mesma pessoa que chegamos! E mesmo nos casos em que os planos e projetos ainda são os mesmos que eram antes, eles hoje têm motivos e sentimentos muito diferentes do que eles tinham quando chegamos aqui inocentes e deslumbrados pela “CIÊNCIA!”. Também é verdade, porém, que pra muitos de nós, que começamos naquele dia uma jornada pessoal, o CM deixou de ser minimamente razoável.

Alan, Athur, Breno, Cássio, Eduardo, Estênio, Felipe, Gabriel, Gabriela, Guilherme, Henrique, Lucas, Luiz, Marcel, Matheus, Natalia, Octavio, Patrick, Ramon, Rebecca, Ricardo, Samuel, Thiago, Vitor

Nós éramos 26 quando chegamos aqui. No entanto, hoje, somos apenas 7 e seremos um total de 11 a se formar. E se é verdade que algumas dessas pessoas descobriram outros interesses ou tiveram outras ideias, também aconteceu de algumas delas terem que tomar a difícil decisão de que o CM não valia mais a pena, apesar da imensa vontade de aprender e descobrir que eu vi em todos eles desde os primeiros momentos daquele primeiro dia. Isso em parte porque ainda há muitas coisas que fazemos errado por aqui.

Nós seguimos tendo muitas aulas enquanto sabemos que nem mesmo nas melhores delas, como por exemplo as que renderam as homenagens de hoje, contamos com regularidade com a presença da maioria dos alunos de uma classe. Não cobramos, na prática, a presença dos alunos nessas aulas reconhecendo o papel supérfluo que elas podem ter, mas mantemos uma quantidade delas que leva os alunos ao ponto de organizarem rodízios para não deixar a sala vazia nas aulas que julgam mais dispensáveis. E uma vez nem essa estratégia foi suficiente…

Os tempos e as gerações estão mudando e com eles as maneiras de ensinar e aprender! É preciso reagir a isso de forma criativa, como a ciência sempre faz quando seus métodos deixam de ser eficazes. É preciso pensar novos métodos que tornem mais razoáveis e coordenados os esforços dentro e fora da sala de aula, para que um curso que se propõe a passar tanto conhecimento e conteúdo em tão pouco tempo seja capaz de fazer isso de maneira mais sustentável. Mas, de fato, é difícil que soluções sistêmicas para essas questões sejam encontradas num ambiente como a comunidade científica, onde os esforços e pesquisas em educação são frequentemente tratados como menores e ignoráveis.

Mas as aulas são apenas um exemplo daquilo que precisamos melhorar. Se nos últimos quatro anos a pressão do jubilamento tem diminuído ao passo que tem aumentado a compreensão por parte da comissão sobre as condições dos alunos, ainda há muito progresso a ser feito enquanto instituição de ensino dentro da universidade. Não podemos continuar deixando as disciplinas e seus programas seguindo num “cada um por si” frenético, enquanto mantemos as por vezes extenuantes apelações e negociações dos alunos com cada professor como o único mecanismo para a construção de um cronograma minimamente factível, às custas, além do desgaste emocional dos alunos, de semestres que se estendem 15 ou até 20 dias adentro das férias.

Há quem, dentro da comissão de graduação, diga que o estresse, a intensidade e a pressão são necessários para construção de caráter (como se não o tivéssemos) e para acostumar os alunos nessa simulação do que é o ambiente acadêmico. Parecem ignorar a constante preocupação que carregamos em ter notas que sejam não apenas suficientes para a aprovação, mas para manterem médias ponderadas altas preocupados em obter o respeito de um eventual orientador e em estar em condições de disputar os escassos recursos financeiros que permitiriam a dedicação à pesquisa. Talvez essas pessoas não prestem atenção na constante sensação de que “não se está fazendo o suficiente” que os ambientes acadêmicos desta universidade incutem nos alunos.

Se queremos formar cientistas de excelência é necessário criar condições ótimas para que os alunos possam concentrar seus esforços em aprender e crescer, talvez, no único momento da carreira acadêmica no Brasil em que é possível ter apenas essa preocupação. É preciso deixar de ignorar a necessidade de acompanhamento e aconselhamento psicológico dos alunos, porque, sim, o Curso de Ciências Moleculares frequentemente adoece as pessoas. É preciso acabar com a naturalização do sofrimento e a romantização do sacrifício dos corpos para o aprendizado. “Trabalhe o dia inteiro e, se não for suficiente, trabalhe de noite também!” nos disseram, enquanto deviam estar nos avisando dos perigos de não se organizar para descansar e da necessidade de ter lazer, de ver os amigos e preservar a saúde mental para dar conta de atividades tão mentalmente exigentes.

Além do mais, o ambiente acadêmico não tem que ser usado como justificativa para a manutenção de nada, ele precisa é ser modificado. A carreira de cientista no Brasil precisa deixar de ser essa profissão de fé que exige dedicação integral e produção intensa, que frequentemente retira a dignidade e dá muito pouco em troca numa promessa quase cristã de que se fizermos tudo corretamente nós também seremos dignos de adentrar o monte Olimpo da ciência. Numa falácia meritocrática e individualizadora mas que ao mesmo tempo ignora sintomas claramente sistêmicos como o fato de que, nesse momento, o CCM não conta com nenhuma professora mulher de exatas (elas estão todas nos blocos de biologia). Ou que eu e o Gabriel, um negro e o indígena, somos as únicas pessoas não brancas que eu vi se formar em quatro anos por aqui, que a próxima turma além de inteira branca, é também inteira de homens. Felizmente, a Turma 26 vem forte pra dar um pouco mais de diversidade a essas cerimônias de colação de grau!

A comunidade científica precisa rever como se organiza e constitui, porque a forma como as coisas estão acontecendo está servindo apenas a criar um meio em que parece que teremos que nos acostumar a passar por cima das notícias sobre suicídios dentro de laboratórios enquanto caminhamos para um futuro com pouquíssimos e cada vez mais escassos postos de trabalho para a quantidade crescente de doutores saindo das universidades. A ciência, enquanto instituição, precisa urgentemente deixar de ser aristocrática e se adaptar à realidade do século XXI, onde o conhecimento não é mais só produzido por meninos brancos e ricos com pais capazes de sustentá-los até o pelo menos o primeiro pós-doutorado.

[PAUSA]

Eu certamente não possuo as respostas para resolver tantos problemas, mas eu aposto com confiança que DESSA turma que se forma hoje sairão protagonistas no processo de pensar e atacar essas questões, para construir um futuro mais bonito para a Ciência enquanto instituição. Eu aposto nisso baseado no que eu vi acontecer nesses quatro anos cursando o CM com essas pessoas. Vocês podem pensar que era falsa modéstia ou apenas política de redução de danos quando usei a primeira pessoa do plural para fazer as duras críticas apresentadas até agora. Mas, não! O fiz porque foi assim que a Turma 24 tratou o CM durante todo o tempo em que estivemos aqui, como um curso genuinamente nosso, para o bem ou para mal… O CM possui espaços de abertura e discussão entre alunos, professores e coordenadores sem paralelo nesta universidade e nós nos aproveitamos ao máximo deles! Nos envolvemos intensamente em todos os processos dedicados à melhoria do curso.

Como resultado, saímos daqui deixando um legado que passa por pequenas coisas, como a prova pra casa no curso de Química 1, que surgiu da nossa ideia de que fazer uma prova durante o feriado era melhor do que fazê-la depois do feriado. E passa por outras maiores, como os prêmios que o CM hoje distribui na FEBRACE, a maior feira de ciências para o ensino básico do Brasil. Ou o espaço na Feira de Profissões da USP que conquistamos entre os outros cursos onde os alunos podem descarregar a famosa carência que eles têm de falar tanto do curso que eles paradoxalmente tanto gostam para alunos do ensino médio de todo país! O envolvimento foi tamanho, que o nosso colega, o Lucas Magno, foi até chamado para uma confraternização de fim de ano na USP… Só que dos funcionários! Além da Feira de Profissões da USP, aT24 foi essencial para o começo da tradição de fazer um evento de divulgação em cada instituto dessa universidade ao invés de apenas o tradicional “evento da FUVEST”! Também por uma iniciativa da T24, hoje, todo aluno do CM tem a possibilidade de fazer até 12 disciplinas de pós-graduação dentro e fora da USP ou mesmo disciplinas de outras universidades dentro e fora do país. Nós participamos ativamente do processo que reformulou o currículo de Química no ciclo básico, nos envolvemos nas mudanças dos cursos de Biologia e estávamos ativamente participando da formação do nosso recente centro acadêmico. Nos formamos com a convicção de que estamos deixando um CM muito melhor do que aquele que encontramos quando chegamos!

A T24 viveu o CM intensamente!

Viveu e amou! E num dado momento, esse amor era tanto que parecia que poderíamos vivê-lo pra sempre. No nosso segundo semestre, as provas de matemática de 24 ou 48 horas eram tão legais e divertidas quanto eram exaustivas! Na verdade, talvez mais legais e divertidas do que exaustivas, já que passamos a nutrir esse desejo de que todas as provas fossem tão desafiadoras e tão estimulantes quanto elas - daí o supracitado pedido para fazer prova de Química durante o feriado! A empolgação era tamanha que nós mesmos estampamos e vendemos camisetas, distribuímos algodão doce pras outras turmas e pros protobixos! As 3 horas de aula de biologia durante a manhã deixaram de ser suficientes e por vezes foram de 3 horas e meia e uma vez até de 4 horas porque as perguntas e a curiosidade eram tantas que não dava tempo de vencer o conteúdo no tempo planejado! Como toda euforia, porém, essa não poderia se sustentar indefinidamente…

Ninguém SABE direito o que aconteceu até hoje… Não sabemos se foi a brusca mudança de ritmo com a mudança de todos os professores ou se foi a coincidência de quase toda a turma estar passando por problemas pessoais difíceis de lidar ou mesmo se foram as férias curtas no meio do ano que foram insuficientes para descansar de toda aquela euforia do segundo semestre… Não sei, o fato é que o terceiro semestre do CM foi duro com a nossa turma! Entramos nele 17 e saímos 9! A situação era tal que gerava comoção nos corredores do curso: “o que aconteceu com a T24?”, perguntavam. De repente, aquela turma tão viva, tão expansiva, tão agregadora, se retraiu e esmoreceu e até hoje acho que a gente não se recuperou. A T24 sentiu muito o CM!

[PAUSA]

Mas eu me pergunto: quando se ama, quando se sente um curso, o que é exatamente que comove tanto?

A gente gosta muito do favo, o nosso prédio, é verdade, mas não é só ele que a gente ama e nem é só dele que a gente fala quando contamos o que é que a gente faz. Nós somos bastante apaixonados pela maioria das coisas que aprendemos, mas eu tenho bastante certeza que esse amor é bem separável do curso, até porque, várias dessas coisas também poderiam ter sido aprendidas em outro lugar e até sozinhos por todos nós, como foi o caso muitas vezes… A gente temia e se irritava com as reuniões da ceifadora, quer dizer, da Comissão de Graduação, mas também não foi só isso que gerou comoção…

Sempre que eu penso no meu tempo de CM, eu percebo que muitos dos meus afetos estão ligados à prova de Matemática do Mané, que falou mais cedo como nosso paraninfo. Eu gosto muito dessa prova e os meus amigos aqui no auditório que já me viram falando sobre ela viram a empolgação e o brilho nos meus olhos enquanto eu falo sobre as madrugadas que eu e meus colegas gastávamos tentando resolver aqueles problemas. Eu gosto MUITO dessa prova! Era realmente cansativo, mas no final sempre tinha uma sensação de conquista, de melhora, de que depois daquele processo todo você entendia muito melhor do que você podia imaginar antes de começar sobre aquilo tudo.

Era uma madrugada composta por esses ciclos de intensa concentração, seguidos de empolgação por parecer ter encontrado uma resposta, seguidos por sua vez de uma frustração quando um colega encontrava um erro na sua demonstração. E isso de novo e de novo e de novo, até que finalmente saía alguma coisa, que olhávamos com desconfiança até finalmente ter a convicção de que estava certo, de que tínhamos feito COMO QUERIA-SE DEMONSTRAR. Era uma aventura, em que o otimismo e a pretensão de ser criativo para encontrar as respostas era seguido de profunda autocrítica e preparo para descobrir que a ideia, pela qual se teve tanto carinho poucos instantes atrás, podia estar errada e se tivesse, reencontrar energia para ser audacioso e criativo novamente…

O curioso, talvez, é que se alguém me perguntasse por uma questão ou problema marcante de alguma das provas, eu não saberia responder… A verdade é que eu não consigo lembrar de um enunciado sequer, apesar das várias horas que eu passei pensando sobre eles… As lembranças mesmo são desse outro tipo, menos palpável… São do cansaço, da frustração, da alegria, da conquista… São lembranças de vocês! O que eu lembro melhor do que as várias técnicas de demonstração, são as várias tentativas de técnicas e algoritmos para conseguir pedir a pizza no começo da madrugada de modo que todo mundo ficasse satisfeito e ainda pagasse por pedaço. O que eu me lembro melhor são das esfihas na casa do Ricardo e todo mundo indo dormir no mesmo quarto, às 6h00 da manhã depois de muitas discussões acaloradas que frequentemente viravam até gritos de “VOCÊ NÃO PODE DIZER ISSO! ISSO TÁ ERRADO”. O que eu tenho cristalizado são as comemorações quando alguém tinha aquela última sacada que resolvia uma questão muito difícil que a gente tinha passado horas atacando sem sucesso. Eu me recordo mesmo é da preocupação que eu sentia com aquela pessoa que caiu de novo na tentação de deixar pra passar a prova toda a limpo só no final e do Thi que insistia em fazer tudo no LaTex. O que eu lembro melhor são as idas até o IME, tarde da noite, pra enfiar a prova embaixo da porta da sala do Mané ou de ficar até depois da meia-noite na USP mas finalmente entregar aquela última e sexta prova do semestre e ficar de férias!

No fim, a prova mais marcante não é mais difícil, mas é a primeira, onde eu fiquei a noite toda numa cozinha do CRUSP, conjunto residencial aqui do lado, com o Alan, o Magno e o Gabriel fazendo uma janela de lousa. E mesmo a segunda mais marcante, também não é pelo enunciado, é aquela prova gincana em que o Mané resolver dividir a gente em grupos e mandou um pra cada lugar do instituto… Que aliás, até hoje eu ainda não recebi corrigida! São nessas lembranças que eu encontro o que é que me comoveu tanto esses anos todos e o que me faz amar esse curso.

O CM é uma ideia incrível e mesmo com as falhas de execução, é o projeto de curso que eu mais acredito nas universidades do Brasil. Até nos momentos mais difíceis e mais pesados, quando alguém me perguntava se eu gostava do CM era impossível eu dizer que não. Eu dizia “olha, acho que não tem outro curso na universidade que eu ia ter a mesma vontade de me formar!” - reparem que isso é bem diferente de dizer que gosta, porém. Mas mesmo sendo potencialmente tão legal, a verdade mesmo é que esse carinho todo que a gente sente por tudo que aconteceu é mais parecido com síndrome de Estocolmo do que qualquer outra coisa. No fim, quando todas as contas e as ponderações estão feitas, o que você vai escutar se for em qualquer dos vários eventos de divulgação é sobre como o principal fator pra gente gostar tanto desse curso são as turmas! É estar cercado de gente que eu admiro e respeito tanto, gente tão inteligente e tão esforçada e determinada que me dava energia e vontade pra descobrir que eu podia fazer sempre um pouco mais! É sobre se sentir encontrando um cantinho cheio de gente estranha como você onde é tudo bem ser esquisito também… No fim, o CM que eu amo são vocês, T24!

Esses quatro anos foram incríveis e eu saio daqui com a lição de que por mais pressa que a gente tenha, por mais glória que a gente busque, por mais que se estresse com a ponderada, com a perspectiva de um doutorado espetacular e se almeje uma trajetória acadêmica de sucesso… o essencial da vida não está nas questões respondidas ou nos pontos conquistados. A vida de verdade acontece nos afetos que dividimos com aqueles à nossa volta.

Ao final, a coisa mais importante que eu aprendi no CM, a coisa mais importante que eu aprendi com vocês é que o que importa não é dominar ou querer dominar o mundo… O importante de verdade é o mundo maravilhoso e incrível, cheio de amor, alegria, beleza e dor que se constrói todos os dias nas relações de afeto. Eu amo vocês, T24, vocês me comovem muito!

Obrigado pela jornada.