Guia de referência proccm
Abaixo são explicadas algumas tarefas simples e alguns comandos úteis de linux para a rede do PROCCM. Para dúvidas e dicas sobre o apostol (inclusive como acessar e manipular seu e-mail), consulte também a página de ajuda do apostol, ou o FAQ do apostol.
Índice
Acesso e senhas
- Abrir um terminal no GNOME
Abra o menu Applications, vá no item Accessories e daí clique em Terminal. O terminal é o principal meio de interação com o sistema, ou deveria ser.
- Alterar a senha do proccm
No terminal, dê o comando:
yppasswd
Preencha a senha antiga, e a seguir a nova, e confirme-a. A senha deve conter no mínimo 6 caracteres, incluindo necessariamente números e letras (maiúsculas ou minúsculas).
- Acessar o proccm
No terminal, rode:
ssh foo@proccm.redealuno.usp.br
Se você estiver numa das máquinas da sala pró-aluno, basta:
ssh proccm
- Alterar a senha do Windows
No Windows, dê Ctrl+Alt+Del (depois de se logar) e clique em "Alterar senha". Pelo linux, entre no proccm e rode:
smbpasswd
e entre com a senha, seguida da nova.
- Acessar o apostol
A partir de um computador rodando Windows, siga instruções da ajuda do apostol. Para fazê-lo no linux execute num terminal:
ssh foo@apostol.cecm.usp.br
em que foo é o seu nome de usuário. A partir dos computadores do CM, este comando pode ser resumido para:
ssh foo@apostol
ou mesmo
ssh apostol
se o seu nome de usuário no proccm e no apostol forem iguais.
- Alterar a senha do apostol
No terminal logado no apostol, execute:
passwd
E, como no caso do proccm, preencha sua senha antiga e a nova.
Manipulando arquivos
No GNOME, pode-se usar o Nautilus, similar ao Windows Explorer, acessível pelo comndo "nautilus" num terminal ou por meio de menus. No KDE há outro análogo, o Konqueror, que é também um navegador Web (meio fraco).
Entretanto, neste FAQ descreveremos como manipular (mover, copiar, apagar, proteger) arquivos através do terminal. Antes, porém uma breve introdução.
O diretório raiz, equivalente - numa comparação grosseira - ao "Meu Computador" do Windows. é o
/
(isso é uma barra mesmo) Abaixo dele estão localizadas as pastas do sistema:
- /bin - contém os principais arquivos binários, ou seja, executáveis, ou seja, programas
- /sbin - idêntico ao anterior, mas a execução é permitida apenas para o root (leia mais abaixo)
- /usr - contém
- /home - contém as pastas dos usuários, por exemplo /home/foo
- /etc - contém arquivos de configuração do sistema
- /root - o home do root
- /boot - contém arquivos de inicialização
- /lib - contém bibliotecas (libraries) - similares aos ".dll" do Windows
- /media, /mnt - pastas onde são montados dispositivos removíveis em geral (CDs, disquetes, pen-drives)
- /scratch - espaço livre para bobagens. A gravação é permitida a todos os usuários
- /var - contém arquivos "variáveis", utilizados por alguns programas
- /dev - contém arquivos de dispositivos físicos (tudo bem, não é tão simples assim)
- /tmp - arquivos temporários em geral, pode ser escrito por qualquer usuário
Mais detalhes (e mais confiáveis) neste link.
- Para mover arquivos:
mv ARQUIVO DESTINO
Pode ser usado também para renomear arquivos, se "DESTINO" não for uma pasta.
- Para copiar arquivos
cp ARQUIVO DESTINO
- Para apagar arquivos
rm ARQUIVO
- Para apagar pastas (vazias)
rmdir PASTA
Usando CD's
Ler
Dados
Para usar um CD de dados (que não seja audio) é preciso "montá-lo". Monte com:
pmount /dev/scd0 label
O CD será montado em /media/label. Caso nenhum label seja fornecido, o pmount deve escolher algum nome de acordo com o id do CD ou o dispositivo utilizado.
Uma vez montado o CD, não será possível abrir o drive para tirá-lo de lá, por isso, quando terminar de usar, e "desmonte" com:
pumount /media/label
É bom lembrar que quando você monta o drive, outros usuários não conseguem desmontá-lo, então não se esqueça de desmontar para evitar incômodos.
Áudio
Para tocar um CD de audio pelo terminal, use o programa cdcd.
Para tocar um CD de audio no xmms é preciso mudar a configuração de leitura de analógica para digital. Para fazer isso
- Clique no canto superior esquerdo do xmms;
- Mova o mouse para "Opções";
- Clique em "Preferências";
- Clique em "CD Audio Player blablabla";
- Clique em "Configurar";
- Clique em "Extração digital de audio";
- Dê todos os OK's necessários.
- Deixe uma nota de R$50,00 no armário do Vitor (sem isso todo o trabalho anterior terá sido em vão).
Gravar
Você pode usar vários programas para essa tarefa: cdrecord, K3b, graveman e aparentemente o nautilus também faz isso. Todos eles são bem userfriendly, exceto, é claro, o cdrecord, que é modo texto, mas, como bom programa modo texto, faz tudo como você manda.
O K3b instalado nos computadores da sala, contudo, está com um pequeno problema de configuração que, na prática, inviabiliza sua utilização. Se você já tentou, sem sucesso, utilizá-lo, experimente a seguinte solução: Problemas no K3b.
Dados
É só fazer um arquivo ISO com os arquivos que você deseja gravar. Ponha tudo num mesmo diretório e rode
mkisofs -o imagem.iso -r -J pasta/
Feito isso, grave o ISO no CD usando
cdrecord -data imagem.iso
Áudio
O cdrecord grava CD's de áudio a partir de arquivos estruturados de uma certa maneira, consulte a página de manual para descobrir. Mas resumindo, você precisa de arquivos .wav 44100Hz stereo com 16-bits. Para converter os seus arquivos de áudio para esse formato, use
sox entrada.qualquerformato -r 44100 -c 2 -w saida.wav
Você pode dar um
file saida.wav
para conferir se o formato ficou certo. Agora é só gravar
cdrecord -pad -audio faixa01.wav faixa 02.wav faixaN.wav
onde -pad serve para ele deixar as amostras com o tamanho certo. Se você tiver muita sorte, vai conseguir gravar sem essa opção. É claro, você pode colocar todas as faixas num mesmo diretório e nomeá-las adequadamente (em ordem alfa-numérica).
IMPORTANTE: não se esqueça de colocar a mídia em branco no drive.
Usando dispositivos USB
Para montar um dispositivo USB, o processo é similar ao do CD, exceto que você terá que descobrir em qual device está o seu brinquedo. Ele fica dentro de /dev/disk/by-id/, e deve começar por usb, ter uma série de números de identificação, e a seguir part1 (e part2, ..., partn se o seu pendrive for particionado em vários sistemas de arquivo). Então, como no caso do CD, é só executar
pmount /dev/disk/by-id/usb-xxxxxxxxxxx-part1 label
e ele deverá ser montado em /media/label.
ATENÇÃO: a gravação em dispositivos USB é feita utilizando cache, portanto retirar o pendrive sem desmontá-lo antes pode provocar perda de dados e até corrupção do sistema de arquivos. Para desmontar, use:
pumount /media/label
Obs: eventualmente, o GNOME pode automontar seu pendrive. Mas nem por isso você pode deixar de desmontá-lo (manualmente ou pelo menu).
Abrindo arquivos
- Para editar arquivos de texto puro - algo extremamente freqüente- há várias opções, e a escolha vai do gosto de cada um. Procure testar alguns para ver com qual você se identifica:
- emacs (tecle Control+h t pra ajuda)
- vim (:help para ajuda)
- nano (tudo que você precisa está descrito no menu inferior)
Pode parecer que um editor de texto puro é uma coisa muito simples e de utilidade limitada. Entretanto, você perceberá que existem recursos muito úteis, especialmente quando se trata de programar e escrever em latex, entre outros.
Todos os programas abaixo podem ser executados a partir do terminal. Para isso, rode programa arquivo.
- Para abrir arquivos .pdf: xpdf, acroread, evince.
- Para abrir arquivos .ps: gv, evince.
- Para abrir arquivos .dvi (o tipo gerado pelo LaTeX): xdvi.
- Para abrir documentos do Office (do Word, Excel, Powerpoint etc.): ooffice,
- ou, para arquivos .doc: abiword.
- Para abrir imagens: display, gqview.
- Para ler arquivo de texto (puro): less, more, most, ou, é claro, seu editor preferido (vi, vim, emacs etc...).
- Para rodar vídeos: mplayer.
- Para ouvir música, pode-se usar o xmms, similar ao Winamp: xmms,
- ou para tocar direto do terminal: mplayer,
- ou, para arquivos .mp3: mpg123, mpg321,
- ou, para arquivos .ogg: ogg123.
OBS: para ouvir CDs de áudio não é necessário montá-los. Isto é, aliás, impossível.
Para descompactar:
- Arquivos .tar.bz2: tar -jxf
- Arquivos .tar: tar -xf
- Arquivos .tar.gz: tar -zxf
- Arquivos .zip: unzip
- Arquivos .rar: unrar x
LaTeX
O LaTeX é um pacote feito para a preparação de textos impressos de alta qualidade, especialmente para textos matemáticos e muito útil para fazer relatórios. Ele foi desenvolvido por Leslie Lamport a partir do programa TeX criado por Donald Knuth.
Gnuplot
O gnuplot é um programa para fazer gráficos. Também é útil para fazer relatórios.
Comandos diversos
- Para abrir outra sessão do X (outro gerenciador de janelas):
startx -- :1
Essa sessão "fica" no Ctrl+Alt+F8 (a primeira sessão é no Ctrl+Alt+F7). Note que o default é abrir no GNOME, independente do gerenciador de janelas escolhido no GDM; para alterar isso, é necessário editar o arquivo /home/foo/.xsession, colocando nele o comando para iniciar o seu gerenciador de janelas favorito. Alguns exemplos:
startfluxbox evilwm wmaker fvwm startkde ratpoison
Obs: Use apenas um deles, claro. Espero que também seja evidente a qual gerenciador de janelas cada comando corresponde.
- Para encontrar arquivos:
find -iname ALVO
- Para travar a tela:
xlock
- Para ver espaço ocupado por vários arquivos:
du -h ALVO
(u=used; f=free)
- Para fazer contas
maxima
Identificando usuários
- Para saber quem é o usuário foo, dê o comando
finger foo
A busca é feita no nome completo e username de todos os usuários, mas apenas localiza palavras inteiras (por exemplo: "finger a" retorna um número pequeno de usuários).
- Para mudar as informações que aparecem sobre você, logue-se no proccm e use
chfn
e mude o que for necessário. Repare que não é permitido a um usuário alterar o próprio nome. Feito isso, mande um e-mail para
proaluno@listas.cecm.usp.br
pedindo para algum administrador atualizar os dados (peça para dar make no /var/yp). Isso é necessáro para que as alterações se façam visíveis em todas as máquinas - até lá, apenas no proccm as alterações serão visíveis.
- Se você quer que seu plano seja exibido pelo comando finger, basta criar no seu home um arquivo de texto puro chamado .plan e descrever ali como você pretende conquistar o mundo.
Impressão
- Para imprimir arquivos
Supondo que a impressora (optra) esteja de bom humor, é bastante simples: basta mandar imprimir a partir do programa que você usa, seja lá qual for (firefox, openoffice, xpdf etc.). Caso seja um arquivo postscript (.ps) ou pdf (ou alguns outros, até, mas esses é melhor não arriscar), pode-se usar o comando:
lpr arquivo.ps
- Para imprimir usando a Canon, o procedimento é o mesmo, mas é necessário escolher a impressora canon nas opções de impressão ou, no terminal, usar:
lpr -P canon arquivo.ps
É importante observar que essa impressora está configurada para imprimir em frente e verso. Também deve-se notar que as folhas devem ser colocadas na bandeja 2, na posição vertical.
- Para imprimir apenas na frente usando a Canon, é possível editar o arquivo postscript para inserir as páginas em branco necessárias no interior do documento. Para isso, pode-se usar um script bem tosco escrito por mim que se encontra em /home/renato/bin/psinsblank. Rode sem opções para ajuda.
- Para verificar a fila de impressão da optra na máquina em que você está:
lpq
ou, para ver a da Canon:
lpq -P canon
ou de todas:
lpq -a
Se existe outro trabalho na frente do seu, ele será impresso antes, e apenas o root pode remover da fila trabalhos alheios. Por isso é importante removê-los caso eles fiquem pendentes, como descrito abaixo.
- Para remover arquivos da fila de impressão - o que deve ser feito quando você desiste da impressão, seja por problemas com a impressora, ou falta de papel, ou X:
lprm #job
onde #job é o número do trabalho que aparece na lista do lpq.
- Para converter um arquivo pdf em postscript:
pdf2ps arquivo.pdf
Manipulação de arquivos postscript
Teste os comandos a seguir antes de imprimir muitas folhas, eventualmente as páginas do verso podem sair invertidas. Use por sua conta e risco.
- Para selecionar apenas algumas páginas de um arquivo postscript:
psselect -e -r -p3-14,20-42,50 arquivo.ps saida.ps
O comando seleciona todas as páginas pares (-e para even - as ímpares seria com -o de odd) entre 3 e 14, entre 20 e 42, e ainda a 50 em ordem reversa (-r). Note que a contagem das páginas começa por 1, independentemente da numeração interna delas.
- Para converter um arquivo postscript de modo a encaixar 2 páginas em uma só (supondo que o tamanho de página é a4):
pstops "2:0L@.7(21cm,0)+1L@.7(21cm,14.85cm)" arquivo.ps arquivo_novo.ps
Caso a intenção seja imprimir na Xerox, rode o comando para inverter as páginas pares, mais abaixo.
- Para fazer um livreto a partir de um arquivo postscript
/home/renato/bin/ps2book -p a4 -m a4 input.ps -o livreto.ps
- Para imprimir livretos de arquivos djvu, basta usar o djview e selecionar essa opção na guia "booklet". Note que para imprimir na Xerox é necessário imprimir para um arquivo postscript e rodar o comando abaixo.
- Para inverter as páginas pares (geralmente é necessário para imprimir algumas coisas na Xerox) de um um arquivo postscript, use:
pstops -pa4 '2:0,1U(1w,1h)' arquivo.ps arquivo2.ps
em que arquivo.ps é o arquivo original e arquivo2.ps é o arquivo novo a ser impresso.