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== Um problema dos alunos do CM ==
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Vou aproveitar este espaço para expressar uma opinião ''estritamente'' pessoal sobre um fenômeno que vem me incomodando há algum tempo no CM. Tenho visto muito preconceito a respeito de professores e livros. Não é o maior problema do mundo, mas acho que é relevante e que tem uma influência razoável no comportamento dos alunos.
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Acho muito justo que os alunos do CM sejam bastante críticos e rigorosos, afinal, querendo ou não, somos treinados para isso. No entanto, não é isto que percebo, pelo contrário, vejo as pessoas aceitando opiniões alheias sem duvidarem delas, e as propagando despreocupadamente. Acho que isso traz prejuízos a todos. E injusto com os professores, que mal sabem, já recebem uma sala cheia de receios e desconfiança, independentemente de qualquer tentativa de mudarem suas aulas, e correm o sério risco de serem prontamente julgados e condenados bastanto que seja feito o menor delize. Como estudantes críticos, acho que deveríamos ter a mente aberta e questionar os modelos e paradigmas que nos são dados, ainda mais se referindo a seres tão dinâmicos como são os seres humanos. Não estou dizendo que não temos professores problemáticos, só estou dizendo para sermos mais objetivos, acertivos e realmente críticos, ao invés de aceitarmos simplesmente preconceitos trazidos por turmas anteriores.
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O problema dos livros é menos grave, mas também existe e traz conseqüências negativas. Há livros mais ou menos bem escritos, mais ou menos densos, mais ou menos formais, mais ou menos de uma certa linha, mais ou menos adequados a certo curso, certo propósito, certos gostos literários. Mas acho que assim como fazemos com os professores podemos estar fazendo com os livros, descartando bons textos, bons autores, simplesmente porque alguém não gostou, ou porque o livro não é tão bom quanto outro em determinado tópico.
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Um outro tipo de preconceito, mais difícil de julgar, mais subjetivo, mas que também identifico é um pretenso rigor científico que permeia a mente de muitos moleculentos. A ponto de não só desacreditarem em qualquer coisa que não seja "cientificamente provada" como '''negarem''' tais coisas. Penso eu que isto também, não passa de um preconceito, e acho que negar algo sobre o que não se sabe é tão grave quanto afirmá-lo. Acho que como cientistas devemos ser rigorosos e críticos ao analisar experimentos, métodos, teorias, formalizações, inferências, é nesse conservadorismo que se baseia a segurança do conhecimento científico, mas isso não inclui desprezar como simplesmente falsas as coisas que atingem um grau de certeza tão grande, ou as pessoas que consideram a hipótese dessas coisas. Não estou falando especificamente de religião ou homeopatia, falo de qualquer idéia que ainda não esteja sujeita a um estudo conclusivo e consensual.
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É isso, não sei se alguém concorda, mas é minha observação particular. Sintam-se livres para comentarem.

Edição das 23h37min de 21 de agosto de 2006

O Leo da T15.

Um problema dos alunos do CM

Vou aproveitar este espaço para expressar uma opinião estritamente pessoal sobre um fenômeno que vem me incomodando há algum tempo no CM. Tenho visto muito preconceito a respeito de professores e livros. Não é o maior problema do mundo, mas acho que é relevante e que tem uma influência razoável no comportamento dos alunos.

Acho muito justo que os alunos do CM sejam bastante críticos e rigorosos, afinal, querendo ou não, somos treinados para isso. No entanto, não é isto que percebo, pelo contrário, vejo as pessoas aceitando opiniões alheias sem duvidarem delas, e as propagando despreocupadamente. Acho que isso traz prejuízos a todos. E injusto com os professores, que mal sabem, já recebem uma sala cheia de receios e desconfiança, independentemente de qualquer tentativa de mudarem suas aulas, e correm o sério risco de serem prontamente julgados e condenados bastanto que seja feito o menor delize. Como estudantes críticos, acho que deveríamos ter a mente aberta e questionar os modelos e paradigmas que nos são dados, ainda mais se referindo a seres tão dinâmicos como são os seres humanos. Não estou dizendo que não temos professores problemáticos, só estou dizendo para sermos mais objetivos, acertivos e realmente críticos, ao invés de aceitarmos simplesmente preconceitos trazidos por turmas anteriores.

O problema dos livros é menos grave, mas também existe e traz conseqüências negativas. Há livros mais ou menos bem escritos, mais ou menos densos, mais ou menos formais, mais ou menos de uma certa linha, mais ou menos adequados a certo curso, certo propósito, certos gostos literários. Mas acho que assim como fazemos com os professores podemos estar fazendo com os livros, descartando bons textos, bons autores, simplesmente porque alguém não gostou, ou porque o livro não é tão bom quanto outro em determinado tópico.

Um outro tipo de preconceito, mais difícil de julgar, mais subjetivo, mas que também identifico é um pretenso rigor científico que permeia a mente de muitos moleculentos. A ponto de não só desacreditarem em qualquer coisa que não seja "cientificamente provada" como negarem tais coisas. Penso eu que isto também, não passa de um preconceito, e acho que negar algo sobre o que não se sabe é tão grave quanto afirmá-lo. Acho que como cientistas devemos ser rigorosos e críticos ao analisar experimentos, métodos, teorias, formalizações, inferências, é nesse conservadorismo que se baseia a segurança do conhecimento científico, mas isso não inclui desprezar como simplesmente falsas as coisas que atingem um grau de certeza tão grande, ou as pessoas que consideram a hipótese dessas coisas. Não estou falando especificamente de religião ou homeopatia, falo de qualquer idéia que ainda não esteja sujeita a um estudo conclusivo e consensual.

É isso, não sei se alguém concorda, mas é minha observação particular. Sintam-se livres para comentarem.