Mudanças entre as edições de "A complicada relação familiar da 33"

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: Durante todo o primeiro semestre de 2023, os três irmãos estiveram mais perto do que nunca. Mas por acaso do destino, a Poli, como um labirinto consciente, não permitia que eles se trombassem pelos corredores. Afinal,  de que adiantaria? Como eles adivinhariam que tinham irmãos?
 
: Durante todo o primeiro semestre de 2023, os três irmãos estiveram mais perto do que nunca. Mas por acaso do destino, a Poli, como um labirinto consciente, não permitia que eles se trombassem pelos corredores. Afinal,  de que adiantaria? Como eles adivinhariam que tinham irmãos?
 
: Algo genético (e talvez místico também) influenciava o caminho desses 3.  Todos tentaram entrar no CM (quem sabe em busca de respostas pra perguntas que eles não sabiam q tinham..)
 
: Algo genético (e talvez místico também) influenciava o caminho desses 3.  Todos tentaram entrar no CM (quem sabe em busca de respostas pra perguntas que eles não sabiam q tinham..)
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Edição das 08h39min de 22 de setembro de 2023

Tudo começou no ano de 2000, quando Carmélia e Rosálio se encontraram pela primeira vez, em um supermercado, brigando por uma latinha de tomate pelado. O mundo ia acabar e aquela embalagem significava sobrevivência, tanto para um, quanto para outro...
Indignada e irritada com aquela discussãoo sem fim, uma funcionária expulsou os dois da loja. Nesse momento, tudo que restava para Rosálio era: sentar no meio fio e chorar! Sua família se afastara quando ele tentou protegê-los, seus amigos debocharam profundamente de suas preocupações e agora, ali estava ele, sozinho, com fome e destinado à morte.
Apesar de estar irada, Carmélia sabia que não podia deixá-lo daquele jeito. No fundo, aquele era um dos únicos homens que sabia da mesma verdade que ela.
Foi assim! Entre choros e risadas, sentados no meio da rua, que Rosálio e Carmélia se apaixonaram.
Depois de 3 anos escondidos em um bunker, o casal (sim, seu matrimônio fora realizado embaixo do chão... há quem diga que foi aí que começaram os infortúnios da vida desses dois..) resolveu ver novamente a luz do sol e compensar os últimos anos com praia e curtição.
Mas a curtição se autoboicotou. Antes que eles pudessem falar "paralelepipedo", Carmélia estava enjoada e querendo comer batata-palha com cebola e sorvete sabor "céu azul".

ESTAVAM GRÁVIDOS!!

Foi confusão, gritaria e dedo no c#! Mentira. Mas Rosinha e Carmão se sentiram, no mínimo, perdidos. Porém, assim como as flores surgem na primavera, nasceu logo o amor por aquela sementinha de melancia q crescia no útero de Carmelia, metade de um, metade do outro.
Se a essa altura eles já soubessem que nem sempre duas metades formam um inteiro...
No ultrassom, descobriram que era uma menininha!
-Que tal chamá-la de Bianca?
-Por quê, amor?
-Você lembra do momento que mudou nossas vidas, meu bem? O momento que saímos do bunker. O momento que nossos olhos quase queimaram devido a tanta claridade! O que você via, meu bem?
-Bom, estava tudo claro demais, eu só conseguia ver uma branquidão sem fim..
-Exatamente, amor! Branco! Em italiano, bianco. Vamos chamá-la de Bianca!! Aquela que clareará nossas ideias, nossa visão de mundo.

...

No dia do parto, preparados para receber Bianca, eles não esperavam por imprevistos... E olha, que imprevisto!!! Uma enfermeira grita, o outro desmaia, o obstetra faz cara de "maquepor-". Bianca veio ao mundo acompanhada, a bebê, que já era pequena, puxava pela mão outra bebê ainda menor.
-O QUE É ISSO, DOUTOR?? - perguntou o pai.
-Eu não sei, eu não sei! Como pode aparecer só UM bebê nos ultrassons e nascerem DOIS!?!?

E uma enfermeira se pronuncia:

-Talvez ela estivesse escondida atrás da outra senhor... pequenininha desse jeito...
-É IMPOSSÍVEL!! AS DUAS SÃO PEQUENAS! A não ser que...
...
..
.
-A NÃO SER O QUE SENHOR???
-A não ser que elas sejam a mesma! Um caso de gemilidade muito raro em que os irmãos se clonam ao fim da gestação. O clone sai menor porque já não há espaço suficiente dentro do útero!
-Ai meu deus...
Mas antes que alguém pudesse dizer mais algo, as meninas haviam sumido. A janela estava aberta e o vento levou...


Que amargura a desse casal! Ruim já seria perder uma filha, pior ainda perder duas que na verdade são uma!! Eles ainda tentaram. Procuraram incansavelmente pelos céus de São Paulo e nada acharam...
-Talvez seja hora de seguir em frente, meu amor... - disse Carmélia para o desconcolado Rosálio afogado em um pacote de salgadinho fofura.
-Não consigo, meu anjo, não consigo aceitar que perdemos não uma, mas duas filhas. E de uma só vez!! Eu queria conhecê-las...Você sabe que elas eram especiais!
-Sei sim, Rosalio... Mas... Talvez todos os nossos filhos sejam...
-..Como assim?
-TO GRÁVIDA ROSALIO!!!!!
E lá fomos nós de novo! Confusão, gritaria... O casal se via numa situação complicada, não queriam esquecer as gêmeas, mas também precisavam abrir um espaço no coração para o novo bebê.
Decidiram, por fim, que cuidariam daquele com um amor que valia para 3, em homenagem às outras. E como tudo que é feito com amor, aquele neném cresceu, cresceu, cresceu,cresceu como se fosse 3. Era o orgulho dos pais!
Chamava Branco. Mais uma forma de eternizar na família as meninas perdidas. Era o Branco de Bianca, Branco do vazio que o sumiço dela e da gêmea causou, Branco de recomeço, Branco da junção dos 3 espectros de radiação luminosa: vermelho, verde e azul.
Quando o menino estava para completar suas 18 primaveras, veio sua bombástica revelação aos pais:
-EU QUERO SER POLITRECO, MÃE!!!!!
Seu Rosão brigou com o menino e expulsou-o de casa. Branco não se abalou e foi pra Santos vender sua arte na praia enquanto os dias de POLI não chegavam. Tristonha, tudo que Carmélia pôde pensar nesse momento foi: "minhas meninas não me dariam esse desgosto". Mal sabia ela o rumo que às gêmeas haviam tomado depois daquele fatídico dia de seu parto...
Okay, okay!Eu conto pra vocês: o vento forte levou as duas bebês para longe. A maior delas voou até a zona Sul e lá encontrou uma família que a adotou. Não sei se é de conhecimento popular, mas quando os pais decidem o nome de um bebê antes dele nascer, um cordão com cracházinho é naturalmente produzido pela placenta e se ajeita no pescoço do feto. Foi isso que fez com que bebê Bianca continuasse com o nome que seus pais de sangue lhe deram. Já a outra, mais leve, só desceu de seu vôo em São Bernardo do Campo. Essa, o clone, não tinha cracházinho, então seu nome foi escolhido pela família que a acolheu: Thaís.
Além de parecidas em aparência, eram parecidas em jeito. Tiveram trajetórias muito similares e, infelizmente, assim como seu desconhecido irmão, decidiram pela Politrecagem.
Durante todo o primeiro semestre de 2023, os três irmãos estiveram mais perto do que nunca. Mas por acaso do destino, a Poli, como um labirinto consciente, não permitia que eles se trombassem pelos corredores. Afinal, de que adiantaria? Como eles adivinhariam que tinham irmãos?
Algo genético (e talvez místico também) influenciava o caminho desses 3. Todos tentaram entrar no CM (quem sabe em busca de respostas pra perguntas que eles não sabiam q tinham..)

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