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Edição atual tal como às 21h10min de 24 de agosto de 2019
O curso do CM é planejado para a formação de pesquisadores, isto é, profissionais aptos a conduzirem pesquisas científicas.
No Brasil a pesquisa científica ainda é bastante restrita ao ambiente acadêmico, embora o setor de pesquisa privada esteja aumentando (principalmente em grandes empresas de indústria e tecnologia). Mas é claro, existe a possibilidade de se trabalhar no exterior.
É possível sobreviver como pesquisador? Claro que sim! Tanto no Brasil como no exterior (principalmente), seja em Universidades, Centros de Pesquisa, ou Empresas, o pesquisador está sendo valorizado como parte fundamental na criação de novos produtos e processos. Novos produtos = Novos mercados = Mais Lucro.
Fato: No evento da Fuvest de 2006 uma larva perguntou aos professores do CCM: "É verdade que pesquisador no Brasil passa fome?". Henrique Fleming levantou de sua confortável cadeira e exibindo a notória protuberância abdominal com alta concentração de tecido adiposo que possui, notou "eu sou pesquisador". Depois a Lucile fez o mesmo, mas nem teve tanta graça.
A carreira acadêmica tem como trajetória "canônica": graduação, pós-graduação (mestrado e/ou doutorado), pós-doutorado (opcional, pode ser feito várias vezes), professor universitário (público ou privado). Embora muitas vezes ocorram desvios e trajetórias paralelas. Atualmente a remuneração de um cargo de professor universitário numa universidade pública é respeitável.
Com o aumento das universidades particulares, tornou-se comum que doutorandos dêem aulas, sendo precoces na trajetória acima, principalmente como forma de complementação de renda, pois infelizmente as bolsas de pesquisa oferecidas pelas instituições públicas de fomento não são tão generosas.
Além da trajetória acadêmica, o conhecimento de ciências (dependendo mais especificamente de quais forem) permite que se trabalhe em áreas associadas à ciência como divulgação científica e assessoria científica. Além disso, o conhecimento de metodologia científica, estatística, programação e manipulação e processamento de dados pode ser útil em diversos tipos de pesquisa privada e em outras áreas como mercado financeiro, dependendo de interesses e aptidões individuais (um pouco de sorte e contatos também ajudam).
Ainda há opção de também se formar ou se pós-graduar em outra opção profissional mais tradicional e bem remunerada (como medicina, engenharia, economia, computação, ...) e se aproveitar a base científica para desenvolver pesquisas nessas áreas enquanto se atua profissionalmente nelas.
Os mais corajosos também podem se arriscar no empreendedorismo, aproveitando direta ou indiretamente (ou não) seus conhecimentos. Parece ser o caso de alguns moleculentos.
E se tudo der errado, há as opções disponíveis aos outros cursos de bacharelado, que infelizmente são comuns: concursos públicos e concursos privados.