Mudanças entre as edições de "Matemática I"

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O curso de Matemática I do [http://www.cecm.usp.br CM] tem como programa algo bastante similar ao Cálculo I lecionado em muitas unidades da [http://www.usp.br USP] : limites; derivadas e aplicações - máximos e mínimos, gráficos de funções reais e outras ''cositas''; integral de Riemann; Teorema Fundamental do Cálculo e, por fim, técnicas de integração.
 
O curso de Matemática I do [http://www.cecm.usp.br CM] tem como programa algo bastante similar ao Cálculo I lecionado em muitas unidades da [http://www.usp.br USP] : limites; derivadas e aplicações - máximos e mínimos, gráficos de funções reais e outras ''cositas''; integral de Riemann; Teorema Fundamental do Cálculo e, por fim, técnicas de integração.
  
Apesar disso, a abordagem utilizada é completamente outra, seguindo os moldes do [[Apostol]], bibliografia básica do curso. Este tem início por uma introdução à análise real, a partir dos axiomas dos números reais, e então constrói um arcabouço inicial de teoremas que é usado para definir e demonstrar as propriedades da integral de Riemann.  
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Apesar disso, a abordagem utilizada é completamente outra, seguindo os moldes do [[Apostol]], bibliografia básica (e completa) do curso. Este tem início por uma introdução à análise real, a partir dos axiomas dos números reais, e então constrói um arcabouço inicial de teoremas que é usado para definir e demonstrar as propriedades da integral de Riemann.  
  
 
Essa ordem é a inversa daquela geralmente adotada pelos livros modernos, que mostram primeiramente limites e derivadas, e depois a integral como "operação inversa à derivação". Embora mais "palatável" a princípio, este caminho esconde a beleza do Teorema Fundamental do Cálculo - assim denominado não à-toa -, fazendo-o parecer "natural" ou "óbvio" - se é que estes são termos adequados.
 
Essa ordem é a inversa daquela geralmente adotada pelos livros modernos, que mostram primeiramente limites e derivadas, e depois a integral como "operação inversa à derivação". Embora mais "palatável" a princípio, este caminho esconde a beleza do Teorema Fundamental do Cálculo - assim denominado não à-toa -, fazendo-o parecer "natural" ou "óbvio" - se é que estes são termos adequados.
  
 
Ademais, o [[Apostol]] dá forte ênfase à demonstração de teoremas e à construção de conceitos sobre teoremas já demonstrados, evitando assim o uso de "fatos intuitivos" nessa tarefa, de modo que o curso de Matemática do [http://www.cecm.usp.br CM] é às vezes descrito como "para matemáticos" - o que, entretanto, não me parece muito razoável, já que uma apreciação mais profunda da Matemática, e do Cálculo em particular, exige tal postura.
 
Ademais, o [[Apostol]] dá forte ênfase à demonstração de teoremas e à construção de conceitos sobre teoremas já demonstrados, evitando assim o uso de "fatos intuitivos" nessa tarefa, de modo que o curso de Matemática do [http://www.cecm.usp.br CM] é às vezes descrito como "para matemáticos" - o que, entretanto, não me parece muito razoável, já que uma apreciação mais profunda da Matemática, e do Cálculo em particular, exige tal postura.

Edição das 00h36min de 13 de junho de 2006

O curso de Matemática I do CM tem como programa algo bastante similar ao Cálculo I lecionado em muitas unidades da USP : limites; derivadas e aplicações - máximos e mínimos, gráficos de funções reais e outras cositas; integral de Riemann; Teorema Fundamental do Cálculo e, por fim, técnicas de integração.

Apesar disso, a abordagem utilizada é completamente outra, seguindo os moldes do Apostol, bibliografia básica (e completa) do curso. Este tem início por uma introdução à análise real, a partir dos axiomas dos números reais, e então constrói um arcabouço inicial de teoremas que é usado para definir e demonstrar as propriedades da integral de Riemann.

Essa ordem é a inversa daquela geralmente adotada pelos livros modernos, que mostram primeiramente limites e derivadas, e depois a integral como "operação inversa à derivação". Embora mais "palatável" a princípio, este caminho esconde a beleza do Teorema Fundamental do Cálculo - assim denominado não à-toa -, fazendo-o parecer "natural" ou "óbvio" - se é que estes são termos adequados.

Ademais, o Apostol dá forte ênfase à demonstração de teoremas e à construção de conceitos sobre teoremas já demonstrados, evitando assim o uso de "fatos intuitivos" nessa tarefa, de modo que o curso de Matemática do CM é às vezes descrito como "para matemáticos" - o que, entretanto, não me parece muito razoável, já que uma apreciação mais profunda da Matemática, e do Cálculo em particular, exige tal postura.